sábado, 12 de abril de 2008

A CULPA É DA MÃE

















Todo mundo que conhece alguma coisa de psicanálise sabe que não temos pra onde correr, Freud nos deixou vários sinais de que a culpa é mesmo da mãe!
A idéia original já foi deturpada, entortada, mas fato é que a primeira sensação de abandono que vivenciamos vem com a perda do paradisíaco útero materno. Daí por diante, sempre que temos uma experiência de perda, adivinhem do que a gente lembra?

Freud descreveu três grandes desilusões da humanidade, que chamou de feridas narcísicas. A primeira ocorreu quando Copérnico provou que a Terra não era o centro do Universo, mas, unicamente, um dos muitos corpos celestes que se movem no espaço cósmico, ou seja:
- “Filhinho, o mundo não gira em volta do seu umbiguinho!.
Depois, Darwin afirmou que o homem não foi criado à semelhança de Deus e era, simplesmente, uma das conseqüências do processo evolutivo das espécies.
Hoje assisti pela milésima vez uma matéria gravada com o Romário dizendo que, quando nasceu, Deus apontou pra ele e disse: “Esse é o cara!”.

Pela milésima vez, fiquei pasma com a cena. Gente, Jesus dizia que ele era o caminho, mas o Romário, segundo ele mesmo, é "O" destino. Ele se acha (ou melhor, se sabe) “O” Cara!
Quem é que põe uma coisa dessas na cabeça de uma criatura, senão sua santa mãezinha?
A terceira – ferida narcísica – foi “causada” pelo próprio Freud. Ele descobriu que nós não somos sequer senhores de nós mesmos, pois toda nossa racionalidade é identificada com o consciente, mas existe também o inconsciente, que não controlamos.
Gente, será que o Romário sabe disso?


A foto que ilustra o post é de Romário diante da estátua erguida em sua homenagem em São Januário.