Janeiro é o mês do IPTU, do IPVA, do material escolar, do uniforme novo. Ainda por cima, é o mês depois de dezembro, dos gastos com as festas de fim de ano e com a viagem de férias. O jeito é esperar por janeiro poupando e, quando ele chega, procurar economizar pesquisando preços, refletindo sobre nossas escolhas.
Escolhi um dia para comprar o material escolar do meu filho. Entrei em uma grande papelaria, pedi um orçamento, fui a uma outra, negociei. Em princípio aquele parecia ser o dia do NÃO. Uma vendedora dizia: “Não, não tem um similar de boa qualidade!”. Eu pedia: “Dá uma olhadinha, vê se não tem no estoque...” Ela ia até outra prateleira, se abaixava, olhava com cuidado e descobria que tinha. Outra vendedora me falava: “Não pode! Não dá, o preço é esse!” Eu pedia para chamar o gerente, conversava um pouco, mostrava o preço cobrado pelo concorrente, falava que ia pagar à vista, e, por fim, conseguia o pleiteado desconto.
No fim do dia pensei orgulhosa: “É... eu dei um jeitinho!”. Entretanto, esse não foi o tal “jeitinho do Gerson” de levar vantagem em tudo. Muitas vezes as pessoas usam o famoso “Será que não dá pra dar um jeitinho?” na tentativa de descumprir uma regra, de levar vantagem. O jeitinho que eu tive que dar foi diferente. Foi um esforço para transformar confronto em conciliação.
Segundo o Dicionário Aurélio, confrontar é pôr frente a frente, enfrentar, atacar de frente, afrontar. Era isso que de início estava acontecendo - um confronto. As vendedoras diziam: “Não tem, não pode, não dá!”. Estavam na minha frente, não me deixavam passar, me impediam de concluir minha missão – comprar material de boa qualidade pagando um preço justo. Eu tive que tirá-las da minha frente e passá-las para o meu lado. No Aurélio este é o significado de conciliar - pôr em boa harmonia; pôr de acordo; congraçar; reconciliar.
O que aconteceu comigo neste dia é comum. Muitas vezes vamos a algum lugar e não somos tratados como gostaríamos, encontramos pessoas que deveriam estar do nosso lado, mas que, não se sabe por que, estão impedindo nossa passagem. O que fazemos? Buscamos confronto ou conciliação?
Se alguém nos decepciona – chefe, colega de trabalho, médico, empregada, marido, filho - como reagimos? Grande parte das vezes, confrontando: “Não aceito isso!”; “Não quero mais que isso se repita!”. “Não faça assim!”.
É ainda mais difícil não confrontar quando alguém aponta nossos erros, nossas falhas. O mais comum é respondermos: “É, mas... você também...”. A melhor resposta deveria ser na busca da conciliação – “O que posso fazer agora para corrigir meu erro? Como posso ajudá-lo nesse momento?”.
Muitas vezes somos nós que durante o expediente de trabalho, nas relações com as pessoas com quem convivemos, dizemos: “Não dá, não pode, não tem!”, quando na verdade, se procurássemos ou tentássemos um pouquinho - dava, podia, tinha.
Quando não dá mesmo, não tem mesmo e não pode mesmo - ainda assim, há ocasiões em que podemos ter uma atitude conciliatória ao invés de confrontar. Podemos buscar uma forma de ficar ao lado, de apoiar na consecução do objetivo alheio.
É janeiro, o ano está só começando, podemos ao menos tentar, não é mesmo?
Escolhi um dia para comprar o material escolar do meu filho. Entrei em uma grande papelaria, pedi um orçamento, fui a uma outra, negociei. Em princípio aquele parecia ser o dia do NÃO. Uma vendedora dizia: “Não, não tem um similar de boa qualidade!”. Eu pedia: “Dá uma olhadinha, vê se não tem no estoque...” Ela ia até outra prateleira, se abaixava, olhava com cuidado e descobria que tinha. Outra vendedora me falava: “Não pode! Não dá, o preço é esse!” Eu pedia para chamar o gerente, conversava um pouco, mostrava o preço cobrado pelo concorrente, falava que ia pagar à vista, e, por fim, conseguia o pleiteado desconto.
No fim do dia pensei orgulhosa: “É... eu dei um jeitinho!”. Entretanto, esse não foi o tal “jeitinho do Gerson” de levar vantagem em tudo. Muitas vezes as pessoas usam o famoso “Será que não dá pra dar um jeitinho?” na tentativa de descumprir uma regra, de levar vantagem. O jeitinho que eu tive que dar foi diferente. Foi um esforço para transformar confronto em conciliação.
Segundo o Dicionário Aurélio, confrontar é pôr frente a frente, enfrentar, atacar de frente, afrontar. Era isso que de início estava acontecendo - um confronto. As vendedoras diziam: “Não tem, não pode, não dá!”. Estavam na minha frente, não me deixavam passar, me impediam de concluir minha missão – comprar material de boa qualidade pagando um preço justo. Eu tive que tirá-las da minha frente e passá-las para o meu lado. No Aurélio este é o significado de conciliar - pôr em boa harmonia; pôr de acordo; congraçar; reconciliar.
O que aconteceu comigo neste dia é comum. Muitas vezes vamos a algum lugar e não somos tratados como gostaríamos, encontramos pessoas que deveriam estar do nosso lado, mas que, não se sabe por que, estão impedindo nossa passagem. O que fazemos? Buscamos confronto ou conciliação?
Se alguém nos decepciona – chefe, colega de trabalho, médico, empregada, marido, filho - como reagimos? Grande parte das vezes, confrontando: “Não aceito isso!”; “Não quero mais que isso se repita!”. “Não faça assim!”.
É ainda mais difícil não confrontar quando alguém aponta nossos erros, nossas falhas. O mais comum é respondermos: “É, mas... você também...”. A melhor resposta deveria ser na busca da conciliação – “O que posso fazer agora para corrigir meu erro? Como posso ajudá-lo nesse momento?”.
Muitas vezes somos nós que durante o expediente de trabalho, nas relações com as pessoas com quem convivemos, dizemos: “Não dá, não pode, não tem!”, quando na verdade, se procurássemos ou tentássemos um pouquinho - dava, podia, tinha.
Quando não dá mesmo, não tem mesmo e não pode mesmo - ainda assim, há ocasiões em que podemos ter uma atitude conciliatória ao invés de confrontar. Podemos buscar uma forma de ficar ao lado, de apoiar na consecução do objetivo alheio.
É janeiro, o ano está só começando, podemos ao menos tentar, não é mesmo?